Jovem ensina tática criativa para fugir de cantadas mal intencionadas nas ruas.
Toda mulher já passou, pelo menos uma vez na vida, pelo
constrangimento de estar caminhando pela rua e escutar, do nada, uma
cantada horrível, daquelas que dá vontade de voar pra cima do cabloco.
Melhor do que partir para a violência, a jovem mineira de 22 anos Débora Adorno decidiu desenvolver um método todo particular – e bastante criativo – para se sair super bem dessas situações constrangedoras. A técnica inventada por ela é a chamada “careta do dentinho”.
“Estava perto da rodoviária (de BH), e quem conhece a região sabe que lá os passeios e ruas ficam lotados de vendedores ambulantes. Uma das ruas estava bem cheia e fui obrigada a andar mais devagar. As cantadas começaram de forma agressiva e eu me senti presa, impotente e quase sufocada mesmo. Um cara veio na minha direção me encarando. Antes de ele falar alguma coisa eu soltei logo a careta do dentinho. Ele achou tão estranho que passou reto”, diverte-se ela relembrando a história.
A técnica, bem inusitada e curiosa, consiste em esconder o lábio superior, deixando em evidência os dentes e a gengiva. A imagem não é muito bonita de se ver, mas tem alegrado bastante a jovem, que conta que, com a careta, quem fica constrangido é o autor da cantada e não ela, como antigamente. “Depois disso, choveu um arco-íris dentro de mim, porque de uma hora pra outra não era mais eu quem estava desconfortável. De uma hora pra outra não era mais eu quem estava desviando o olhar, não era mais eu quem estava apertando o passo”, comemora.
A “brincadeira” inventada por Débora, na verdade, levanta uma questão cultural muito maior, fruto do machismo arraigado na sociedade. “O problema não é se eu estava acompanhada ou não, se eu sou bonita ou não, nem se eu estava de decote ou não. O problema são os homens acharem que meu corpo é público, acharem que tem o direito de me abordar e me constranger. Eu não sou um pedaço de carne”, relata.
A jovem divulgou sua aventura no Facebook e, até às 20h30 de ontem, o post já havia alcançado mais de 19 mil visualizações.
Melhor do que partir para a violência, a jovem mineira de 22 anos Débora Adorno decidiu desenvolver um método todo particular – e bastante criativo – para se sair super bem dessas situações constrangedoras. A técnica inventada por ela é a chamada “careta do dentinho”.
“Estava perto da rodoviária (de BH), e quem conhece a região sabe que lá os passeios e ruas ficam lotados de vendedores ambulantes. Uma das ruas estava bem cheia e fui obrigada a andar mais devagar. As cantadas começaram de forma agressiva e eu me senti presa, impotente e quase sufocada mesmo. Um cara veio na minha direção me encarando. Antes de ele falar alguma coisa eu soltei logo a careta do dentinho. Ele achou tão estranho que passou reto”, diverte-se ela relembrando a história.
A técnica, bem inusitada e curiosa, consiste em esconder o lábio superior, deixando em evidência os dentes e a gengiva. A imagem não é muito bonita de se ver, mas tem alegrado bastante a jovem, que conta que, com a careta, quem fica constrangido é o autor da cantada e não ela, como antigamente. “Depois disso, choveu um arco-íris dentro de mim, porque de uma hora pra outra não era mais eu quem estava desconfortável. De uma hora pra outra não era mais eu quem estava desviando o olhar, não era mais eu quem estava apertando o passo”, comemora.
A “brincadeira” inventada por Débora, na verdade, levanta uma questão cultural muito maior, fruto do machismo arraigado na sociedade. “O problema não é se eu estava acompanhada ou não, se eu sou bonita ou não, nem se eu estava de decote ou não. O problema são os homens acharem que meu corpo é público, acharem que tem o direito de me abordar e me constranger. Eu não sou um pedaço de carne”, relata.
A jovem divulgou sua aventura no Facebook e, até às 20h30 de ontem, o post já havia alcançado mais de 19 mil visualizações.